E qual é mesmo o GOLPE??





Tenho me mantido um pouco distante por diferentes motivos, mas não podia deixar de colocar aqui uma questão que me inquieta nos últimos tempos, varias conversar que acabam rumando no mesmo assunto e por vezes me calo mas ontem meio que de forma automática falei algo numa conversa virtual (ainda bem ahah) que gerou uma certa tensão.

Sei que algumas muitas mães de menino podem não gostar muito do que vou colocar aqui, mas acho que temos que repensar algumas coisas constantemente, tudo aconteceu por conta do termo “golpe da barriga”, quando a gravidez acontece de forma inesperada é muito comum brincadeiras e piadinhas, sobrando sempre responsabilidade para as meninas/mulheres, elas são sempre as “mal” intencionadas por diferentes razões, jogamos nas costas delas a “culpa” de ter “escolhido” engravidar e isso não se aplica somente ao masculino rico, tem muito pé de chinelo que as mães gritam aos quatro cantos que a “fulana” deu o maior golpe de barriga no pobrezinho do filhinho (que não tem nenhuma responsabilidade e muito menos algum patrimônio). Por favor, me poupem dos atestados de incompetência... Os meninos precisam deixar de se esconder no papel de coitadinhos e assumir as responsabilidades e consequências de seus atos.

Se existe o golpe da barriga ele vem sempre muito bem acompanhado do golpe do bilau desgovernado!! Mães, avós, tias, primas parem de tirar dos homens a responsabilidade que eles precisam assumir, pois quando a história muda de lado cobra-se deles maturidade para o compromisso. Quando uma família alardeia e insiste em dizer que a fulana engravidou do queridinho deles, não faz outra coisa a não ser deixar claro que não preparou seu anjo macho para tomar as rédeas da sua vida, para fazer escolhas e se preservar...

Meninos e meninas devem ser preparados de forma igual a conhecer e preservar seu corpo, eles tem as mesmas necessidade e curiosidades e ainda hoje a mesmas mulheres que garante ser liberais se comportam de maneira absurdamente retrógrada quanto ao assunto dentro de suas casas, meninos podem ter tesão e quanto mais sacana mais homem é, não precisam se controlar. As meninas... Bem, meninas comportem-se! Não consigo entender isso!

Vivemos um momento delicado em termos de referências positivas (foi diferente nos anos 60, 70,80...? NÃO!) a sexualidade hoje vem acompanhada de uma maior liberdade, diferente do que era em outras épocas, mas se analisarmos em especial esse assunto da gravidez, a atitude se repete por varias décadas, as meninas continuam sendo as vilãs continuam atacando os pobres meninos... Ou seja, continua tudo absolutamente igual... De que adiantou queimar soutien (essa palavra é ruim até de escrever imagine de usar!! ahahah) se ainda criamos os mesmos meninos imaturos e irresponsáveis? Mas queremos seres maravilhosos para dividir nossos dias, nossa cama, nossas contas. Não existe mágica!

Tentamos todos os dias aqui, desde a mais tenra infância mostrar pelo exemplo que devemos ter cuidado com o nosso corpo, que as pessoas precisam ser respeitadas como seres humanos, que ele/ela não devem se sentir obrigado a fazer algo com alguém para provar nada aos outros, que meninos e meninas devem e podem dizer NÃO, que quando um não quer é o suficiente para parar o processo... Que numa relação a dois (independente do gênero) respeito é a palavra de ordem, que o prazer de um não é mais importante que o do outro. Que assim como os meninos, as meninas também podem deixar claros seus desejos e não deve ser desrespeitadas por serem livres, mas se mesmo assim acontecer tal situação, as consequências serão dele e dela, que cada um tem 50% da responsabilidade e não da culpa. 

Se esse é o certo não sei, mas estamos tentando! Sei que a situação é delicada para as famílias (não falo aqui de gravidez na adolescência... aí a situação muda em alguns aspectos, pois os riscos são outros, mesmo com pontos comuns), mas fazer um auê quando o “menino” já tem 25 anos e sempre foi avesso as responsabilidades, me desculpe!!

Lembro sempre da piadinha:

“Duas amigas conversavam sobre os filhos e a primeira diz:

- Meu genro é maravilhoso, ajuda minha filha com a limpeza da casa, com a educação dos filhos, cozinha e a trata como uma rainha. Fez um casamento maravilhoso! Já meu filho...

- O que tem seu filho? Pergunta curiosa a amiga.

-Meu filho? Ah coitado, casou com uma folgada que quer que ele ajude no serviço da casa, cuide das crianças e cozinhe, só quer vida boa! Bem que eu avisei... ”

Ou seja, dois pesos e duas medidas... E vamos lá!!










Comentários

  1. Adorei perfeito para todos os pais, de meninos e meninas...
    bjs Sil

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